sábado, 28 de junho de 2014

DIFERENTES ?

             Diferentes?
                              Lisete Maria Massulini Pigatto

O texto “Modelo dos Modelos”, de Italo Calvino instiga a refletir sobre as diferenças no contexto social que envolve os alunos especiais. Inicialmente o autor relata que na vida do senhor Palomar o mais importante era construir um modelo perfeito, lógico, geométrico e possível, depois verificar se o modelo era capaz de se adapta aos casos práticos observáveis na experiência e posteriormente adaptá-lo para que coincidisse com a realidade.
            Gradativamente os modelos do senhor Palomar foram se modificando, agora não desejava mais um modelo perfeito, mas uma grande variedade de tipos. Os modelos deveriam ser transparentes, diáfanos, sutis, versáteis capazes de dissolver-se e renovar-se, capazes de interagir com as diversas realidades sociais tanto no tempo como no espaço.
                 Associando o texto com o AEE – Atendimento Educacional Especializado percebe-se que passamos por este mesmo processo, inicialmente se pensava que o modelo inclusivo era destinado apenas aos alunos com necessidades educacionais especiais e contemporaneamente o modelo social inclusivo trata-se da nova ordem social, para todos. 
    Neste sentido o trabalho no AEE deve respeitar a diversidade de seres humanos que precisam aprender a viver e a conviver juntos nestes modelos sociais. Nesta perspectiva a educação também deve adaptar-se a esta nova realidade, fazer com que as pessoas respeitem o outro para que a mente permaneça aberta ao aprender e ao fazer, de modo que se exclua o preconceito e se inclua o ser humano no contexto com a sua mais bela essência.
      A educação voltada ao AEE tem a capacidade de oferecer aos alunos acima de tudo esperança, muitas possibilidades e alternativas diferenciadas para que consigam com autonomia o aprender a ser feliz. Flavio Marques em sua palestra motivacional afirma que as pessoas não aprendem devido ao preconceito e que não obtêm sucesso pelo medo de viver.
       Brincando faz com que as pessoas percebam a importância das mãos e dos dedos. Diz: olhem para a mão e descubram a força do polegar que simboliza a identidade; o indicador que nos mostra o caminho; o dedo médio que é o responsável pela comunicação; o anelar que nos instiga a fazer alianças e o mínimo que nos mostra a força da persistência.

       Concluindo percebe-se que na inclusão precisamos de vários métodos para inspirar o nosso trabalho e da soma das diferenças para seguir um caminho seguro. 

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